Colégio Estadual Sylvio de Mello
Profª. Mari Oliveira
Esquema de estudo
O Pré-Modernismo no Brasil
A Proclamação da República não representou mudança significativa no cenário social brasileiro. Grandes latifundiários controlavam vastas extensões de terra, tanto no litoral quanto no interior;
Nos centros urbanos, escravos libertos vagavam sem emprego, pois a elite, apostando em um “embranquecimento” da mão-de-obra, preferiu “importar” imigrantes europeus. (italianos e alemães)
O Nordeste enfrentava uma série de terríveis secas e péssimas condições de vida da população.Por isso, aderiram ao sonho messiânico e seguiram o líder Antônio Conselheiro na esperança de conquistar condições de vida mais humanas.
No Sul do país, acontecia a Revolta do Contestado.
Aqueles que não sentiam o chamado da Religião atendiam ao apelo do cangaço. No sertão nordestino ocorreram batalhas entre a polícia e grupos de cangaceiros, que exigiam dos principais coronéis o pagamento de “taxas” de proteção para suas fazendas. O mais famoso dos líderes do cangaço foi Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”. Há conhecimento de outros bandos de menor porte e fama.
A Amazônia vivia a fase áurea da extração da borracha.
São Paulo passava por um momento de expansão econômica graças à cultura do café que representava o sonho para muitos brasileiros de um trabalho estável e melhor remunerado.
Com o início do século XX, surgem autores dispostos a olhar de frente para o Brasil e a fazer de suas obras um espaço de exploração das muitas facetas sociais até então ignoradas pela Literatura. Os escritores e poetas resolveram abandonar as redomas da idealização e enfrentar o desafio de construir uma Literatura que estivesse em sintonia com o momento em que era produzida.
Ganham as páginas dos romances personagens marginalizadas, como o pequeno funcionário público, o caboclo, os imigrantes.
Os principais autores desse período foram: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.
Além da dificuldade de reunir os autores do período sob uma mesma perspectiva estética, também se pode identificar em suas obras traços de algumas escolas do final do século XIX. Esses dois aspectos fazem com que a crítica especializada opte por considerar esse momento não como uma escola literária, mas como um período de transição em que novas tendências foram delineadas. Por essa razão, o período que se inicia com a publicação, em 1902, de “Os sertões” (de Euclides da Cunha) e conclui-se, em 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna, passou a ser chamado de Pré-Modernismo.
Principais Características
• Maior aproximação entre literatura e realidade;
• Linguagem mais clara, direta;
• Utilização de um português mais “brasileiro”;
• Crítica à realidade social e econômica;
• Uma literatura que retrate verdadeiramente o Brasil.
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